Actual sistema de saúde nos EUA em causa

Baseado no seguro de saúde privado, o sistema actualmente em vigor nos EUA integra casos excepcionais na tutela do governo, como é o caso dos cidadãos com mais de 65 anos, que contam com o Medicare, e das famílias de baixos recursos, crianças, mulheres grávidas e pessoas com determinadas deficiências, que dispõem do programa Medicaid. O governo administra ainda o S-Chip, destinado às crianças de famílias de parcos recursos, mas que não entraram para o Medicaid.
Este sistema encontra-se hoje em causa devido ao drástico agravamento dos seguros de saúde, que aumentaram quatro vezes mais que os salários, custando hoje o dobro do registado há nove anos.
O incremento dos planos de saúde e a deterioração das condições das famílias norte-americanas conduz a mais gastos no Medicare e Medicaid. O último censo nos EUA estimava que 46,3 milhões de pessoas não detinham seguro em 2008.
Prós e contras
Os partidários da reforma avisam que estes dados comprovam a ineficácia do sistema. Do lado dos críticos, o argumento é que estes números são enganosos, já que incluem imigrantes ilegais, americanos com rendimentos superiores a 50 mil dólares por ano, assim como todos os que se qualificam para o Medicaid ou S-Chip e que poderiam optar por uma cobertura alternativa.
A instituição responsável pelos censos confirma que entre os 46,3 milhões encontram-se 9,2 milhões que auferem de rendimentos elevados, mas os apoiantes da reforma insistem nas mais-valias de um sistema que controle o excessivo poder que as companhias de seguros adquiriram na economia norte-americana.
Barack Obama propõe assim mais segurança e estabilidade aos americanos com seguro e a certeza de um para todos aqueles que não o têm, confiando na contenção do aumento das despesas com a assistência médica.
8 Janeiro, 2010
Atualidade