ADA defende mercado da saúde
Convidado a partilhar a sua visão sobre a reforma em curso no último congresso da Ordem, Ronald Tankersley, presidente da American Dental Association (ADA), admitiu que “existe um verdadeiro problema de saúde pública nos EUA”, já que, ao contrário dos outros países civilizados, os Estados Unidos não contam com um sistema de saúde de cobertura universal.
A reforma da saúde revela-se, por isso, um passo fulcral para o presidente do organismo que tutela a saúde oral no país do novo continente.
Favorável à assistência a todos aqueles que não conseguem suportar os custos de um seguro de saúde, o responsável condena, no entanto, a introdução de taxas suplementares para aqueles que usufruem de uma boa assistência na área. “Isto contraria o espírito do ‘american way of life’, quem tem um bom plano de saúde não deve ser penalizado por isso.
Acredito que devem impor-se soluções à margem do mercado, mas sem destruí-lo, porque é aí que reside a inovação e a excelência”, explica.
Ronald Tankersley assume que “esta discussão tem, pelo menos, o mérito de nos permitir olhar para a indústria dos seguros com cepticismo”. Disponível para debater a posição da ADA com o governo e para concretizar parcerias público-privadas, o dirigente reivindica que “se acabe com esta demagogia e se apontem as cartas certas”. “Digam-nos quanto dinheiro querem investir na medicina dentária e nós dizemos o que podem fazer”, prescreve.
8 Janeiro, 2010
Atualidade