“A vontade permanece a mesma”
DP: O que é todos estes anos na liderança da OMD mudaram em si enquanto homem?
OMS: Bom, fiquei mais velho (risos). Mas, em mim, julgo que se revelou muito positivo em termos de experiência, tornando-me mais exigente. Assumi funções muito cedo, ainda com 38 anos, o que me possibilita ir já para o quarto mandato, o que é inédito no universo das ordens. Estas são funções que exigem permanência, de modo a perceber quais os ‘dossiers’ em destaque. Acredito que os meus mandatos foram benéficos para a especialidade em Portugal, já que depositei toda a minha disponibilidade na OMD, que constitui hoje a minha prioridade a vários níveis. Encaro este período como altamente compensador para a classe, para a minha vida e para o meu desempenho enquanto clínico. Queria, aliás, aproveitar a oportunidade para transmitir aos leitores da DentalPro toda a minha disponibilidade, total convicção e que, mais uma vez, estarei totalmente empenhado no meu mandato e na minha acção. Não se espere menos de mim do que o que fiz ao longo destes anos. A vontade permanece a mesma.
DP: Qual a marca que Orlando Monteiro da Silva deixa impressa na OMD?
OMS: Não estou preocupado com a marca que deixei, ou não. Mas há algo de fundamental que leguei à Ordem, a independência. Porventura as pessoas não se apercebem disso, mas o facto do bastonário da OMD não se encontrar vinculado a qualquer partido político, grupo de pressão, faculdade ou casa comercial assume-se como uma mais-valia para a classe. Somos uma Ordem jovem, mas com um espírito de independência que só traz vantagens numa profissão profundamente liberal como a nossa.
23 Fevereiro, 2010
Atualidade