Projeto nortenho pode salvar vidas
Nos últimos dias Portugal tem sido alvo de condecorações no campo da Ciência. A Universidade do Minho irá receber bolsas milionárias para dar continuidade a projetos inovadores. Neste caso em concreto, a Universidade de Aveiro está a desenvolver um colete que permite monitorizar a atividade cardiovascular das pessoas.Quando for detetado por exemplo um ataque cardíaco, o colete emite um sinal de alerta para uma placa de dados, que pode ser acedida por computadores ou ‘tablets’.
A mesma universidade, em 2007, desenvolveu uma tecnologia que permitia instalar sensores em tecidos. Esta é a base para o VitaJacket, produto licenciado primeiramente pela Universidade de Aveiro, considerado como um produto médico certificado.
Segundo João Paulo Cunha, líder da equipa de investigação, o objetivo do equipamento é explorar as sinergias das tecnologias vestíveis e inovadoras de forma a dar uma reposta mais eficaz e rápida na eminência de situações críticas. O produto é especialmente dedicado a bombeiros, paramédicos e polícias, de forma a facilitar o trabalho destes profissionais. Atualmente o produto está patenteado à empresa americana Biodivises SA.
O equipamento funciona à base de um sinal de GPS, que transmite o alerta caso haja complicações. Aplicado à profissão de bombeiro, caso o colete detetasse que algum profissional que pudesse estar com dificuldades, enviaria um sinal para os colegas de forma a fomentar uma resposta mais rápida. O sinal permite mesmo que os colegas saibam em que local se encontra a vítima.
João Paulo explica que o projeto faz parte de uma parceira entre a Universidade de Aveiro e a Universidade do Porto, protagonizando já alguns testes no Norte do país. Ainda, mantém uma parceria com os EUA, representados pela Universidade de Carnegie-Mellon. “É tecnologia portuguesa que está a ser levada para os EUA e não o contrário”, salienta. Ainda não existe uma estimativa quanto ao preço do produto, mas “para perceber se o investimento vale a pena, basta fazer as contas: quanto vale uma vida?”, considera João Paulo.
A Universidade de Aveiro está também envolvida num projeto para a ONU. Trata-se de um programa que pretende aumentar a transparência e a participação coletiva nas atividades parlamentares. Chama-se Bungeni, especialmente dedicado a Angola, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. Implica um uso completamente grátis, daí que a ONU o tenha pensado para usar em países em vias de desenvolvimento.
5 Fevereiro, 2013
Atualidade