À conversa com João Aquino

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Dirigimo-nos à Faculdade de Medicina Dentária de Lisboa para falar com João Aquino, o seu diretor. Durante a entrevista, ficámos a conhecer todo o seu percurso académico e profissional até chegar à direção da instituição de ensino que dirige.

DentalPro: Como se deu a sua entrada no mundo da docência?

João Aquino: Desde muito cedo. No final do sexto ano fui convidado pelo professor Santinho Cunha para monitor das disciplinas de Histomorfologia Oral e de Medicina Dentária Forense. Quero deixar aqui o meu reconhecimento e gratidão a esse professor fundador da então Escola Superior de Medicina Dentária de Lisboa, que me abriu as portas de uma carreira académica que fui percorrendo com o seu apoio e estímulo.

DP: Qual o seu percurso até chegar à direção da FMDUL?

JA: Sempre tive muito interesse pelo exercício da política universitária, desde os meus tempos de dirigente associativo. Entendo o serviço à Faculdade e à Universidade como uma vertente estruturante da atividade de docente universitário. Assim de membro e presidente do conselho pedagógico, a membro do senado, passando pela comissão de ética para a saúde, assumindo cargos e funções diversas, cheguei com alguma naturalidade à direção da faculdade.

DP: Que desafios implica dirigir uma faculdade?

JA: Numa altura de subfinanciamento da Escola Pública, a resposta que imediatamente ocorre será a do desafio da impossibilidade. Pondo a ironia de lado, penso que o principal desafio será o de conseguir harmonizar uma grande variedade de interesses, de modo a constituir um “corpo vivo” funcionante e eficaz que é uma faculdade. Quando refiro harmonia, não quero significar necessariamente consenso de todas as partes.

O principal papel de um diretor deve ser o de ouvir muitos, mas procurar que poucos decidam. Dirigir uma faculdade da área da saúde em que os doentes participam no processo educativo dos estudantes, coloca ainda um desafio que é estranho a outras faculdades, e que é algo de ‘contra natura’ universitária, e que consiste em sobrelevar o interesse do doente ao interesse do estudante, criando uma hierarquia de valores que por vezes é esquecida, mas que tem importância fundamental na formação dos futuros profissionais de saúde oral, enfatizando o valor ético de que o ser humano (neste caso o doente) é sempre um fim e não apenas um meio (neste caso didático).

 

Leia toda a entrevista na DentalPro 71.

21 Novembro, 2013
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