Dentes ajudam a estudar épocas passadas
Dentes de esqueletos medievais com mais de mil anos contêm um ecossistema de microorganismos que dá um entender mais pormenorizado sobre a Medicina Dentária.
A equipa de cientistas, da qual faz parte o português João Rodrigues, analisou o tártaro dos dentes de quatro esqueletos provenientes do mosteiro de Dallheim, Alemanha, que possibilitou que os microorganismos sobrevivessem nestes ossos.
Esta camada preserva vírus e biomoléculas, ainda hoje existentes, o que revela que estas pessoas outrora tiveram alguns problemas orais.
Com esta descoberta é possível traçar um quadro clínico de doenças deste género, como saber a dieta típica desta época. Foi ainda possível reconstruir o genoma da bactéria Tannerella forsythia, responsável pela periodontite.
O coautor português, em declarações ao Público, explicou que “o estudo do cálculo dental em esqueletos tem enorme potencial para revolucionar a antropologia e o entendimento da nossa evolução”, como também “a capacidade de encontrar o ADN de micróbios é extremamente interessante, porque pode ajudar a entender doenças ou pragas que possam ter afetado civilizações sobre as quais existem poucos ou nenhuns registos”.
25 Fevereiro, 2014
Atualidade