Agressividade do cancro oral pode ser medida
Investigadores americanos ponderam um novo método para diagnosticar a agressividade do cancro oral.
Os cientistas da Washington University School of Medicine de St. Louis, Estados Unidos da América, estão a desenvolver o método que permitirá prever a agressividade da doença, algo fundamental para fazer um diagnóstico.
A base da ideia prende-se com o facto de que os doentes com carcinomas da cabeça e pescoço, em estados avançados, são tratados de forma semelhante.
Os tratamentos podem diferir entre os pacientes que lidam bem com a combinação de cirurgia, radiação e quimioterapia, e outros que não reagem da mesma forma. Através de testes em ratos de laboratório, os investigadores apontaram as mudanças da expressão dos genes, mediante a agressividade/propagação de um tumor “implantado” nos animais. Algo semelhante se passa nos humanos com cancro oral.
Este tipo de doença é recorrente em pacientes que tiveram hábitos de risco, como tabagismo ou alcoolismo, daí a necessidade de induzir nos ratos efeitos idênticos. Em alguns casos, a carcinogénese nos animais não resultou na expansão do tumor, mas sim num tumor metastático agressivo, similar à variedade de tumores nos humanos.
Foi neste aspeto que descobriram que há uma semelhança entre as mutações genéticas típicas do cancro nos ratos e nos humanos, relativamente ao cancro da cabeça e pescoço, uma expressão genética idêntica na ordem dos 120 genes.
Através da análise de 324 pacientes com cancro oral tratados na Universidade de Washington, o método desenvolvido pelos cientistas teve 93 por cento de acuidade na identificação dos tumores.
Agora, a equipa pondera aplicar a ideia a outros tipos de cancro, como o da mama.
9 Julho, 2014
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