“Gosto de desafios”
Depois de algum tempo como médico dentista generalista, Dárcio Fonseca dedicou-se à implantologia, área que o tem levado aos quatro cantos do mundo como orador e participante nas mais variadas conferências e palestras. Nunca duvidou, garante, que este era o caminho a seguir.
Durante vários anos foi dentista generalista, mas depois optou por se dedicar à implantologia. Porquê?
O meu trabalho final de curso foi de “Seleção de pacientes para implantes” em 1997. Sempre soube que o caminho era este. Na altura os implantes estavam ainda a começar em Portugal, havia poucos colegas que os faziam, era uma área promissora e eu gosto de desafios, gosto que me digam que não dá, para não ir por aí, que não resulta. Quem me conhece sabe bem que é exatamente por aí que arranjo uma forma de resultar. Passados estes anos, continuo a fazer o mesmo; a partir de 2000, com os implantes pós-extracionais com carga imediata e, desde 2013, com a técnica do socket shield.
Portugal está bem servido na área da implantologia?
Difícil resposta esta. Há colegas de um nível extraordinário, de topo mundial, mas infelizmente não são a maioria. Por outro lado, há falta de conhecimento e consciência, o que leva a muitos fracassos e a muitos retratamentos desnecessários. Gostava de responder de forma diferente, mas esta é a minha visão do que vou observando. Todos temos fracassos e fazemos coisas que poderiam e deveriam ficar melhores, mas temos obrigação de as resolver ou pelo menos tentar, sozinhos ou pedindo ajuda.
Tem sido várias vezes chamado para falar em palestras tanto em Portugal como no estrangeiro. Gosta dessas experiências?
Gosto muito, talvez seja das experiências que mais gosto de fazer a nível profissional. Confesso que me causa algum stress interno falar para muitos colegas, mas tento melhorar isso de cada vez que o faço. Este exercício de auto-controlo faz com que cada vez se torne única e, por isso, também uma tarefa estimulante. Tenho tido a sorte de ter conseguido criar um percurso internacional por casualidade. Quem anda nestas lides, sabe muito bem o quanto e difícil esse sonho tornar-se realidade.
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26 Junho, 2017
Entrevistas