Starlight Sónia

Sempre que tratamos pela primeira vez alguém, existem várias formas de aferir as suas características mais importantes, no que respeita à sua qualidade e condição de pacientes e seres humanos. Uma delas é a sua tolerância ao sofrimento e à dor. Como fenómeno subjetivo que é e sintoma de muito mais do que uma patologia ou fisiologia individuais, a dor dá-nos informação que extrapola a clínica e antes nos sugere coisas intangíveis, como a resiliência daquela pessoa.
Há uns anos conheci a “Starlight Sónia”. A sua estrutura delicada e feições femininas contrastavam com o seu ar rebelde, arrapazado e a sua força interior. Se, a princípio me custou perceber quem era esta singular pessoa, depressa senti que havia uma poderosa luz por detrás daqueles olhos e movimentos fluidos, daquele narizinho arrebitado e postura que convence e intimida qualquer um – animal, ser humano, montanha ou bactéria.
A Sónia foi fotografada emocionalmente, na clínica onde me encontrava a trabalhar, para efeitos meramente clínicos – ia fazer uma reabilitação oral – e deixou toda a gente atónita, boquiaberta, porque era modelo fotográfico e não sabia. No meio de gargalhadas e lágrimas, sem se demorar muito numas ou noutras, foi-nos contando a sua história.
Conheça a história da Sónia na crónica da médica dentista Cátia Íris Gonçalves, publicada na DentalPro 133.
11 Fevereiro, 2019
Opinião