Raquel Zita: “Gosto de me ultrapassar a mim mesma”

Raquel Zita está entre os 100 melhores médicos dentistas do mundo, segundo o World’s Top 100 Doctors de 2020. Deslocámo-nos até ao seu consultório, no Porto, para sabermos um pouco mais sobre a sua vida profissional.
Antes de passarmos à razão do nosso encontro, a distinção do World’s Top 100 Doctors, diga-nos uma coisa: quem é a Raquel Zita?
Raquel Zita: Bem, começamos logo com uma pergunta difícil… (risos) Sou mãe, esposa e médica dentista. Sou uma pessoa bastante apaixonada pela minha profissão e gosto também muito de ensinar. Gosto de me ultrapassar a mim mesma e de ir sempre mais além, pois acho que nunca estou no nível ideal. Sou colega dos meus colegas e adoro trabalhar em equipa.
E onde trabalha atualmente?
RZ: Tenho o meu consultório, no Porto, e colaboro com muitas outras clínicas em termos que trabalho de especialidade. E é esse o futuro: as pessoas trabalharem em conjunto e serem muito boas naquilo que fazem. Temos todos de ter uma boa base para sermos bons médicos dentistas, mas é fundamental especializarmo-nos. O futuro está, sem dúvida, na especialização. Estou também ligada a alguns projetos de formação, a nível nacional e internacional.
Como foi o seu percurso depois de terminar a licenciatura?
RZ: Fiz a minha formação pós-graduada quase toda na Universidade do Porto: especialização de implantologia, entre 2003 e 2006, e mestrado, que terminei em 2004. Tive um interregno, época em que investi no trabalho clínico e na maternidade. Uns anos mais tarde comecei a participar em palestras internacionais e achei que seria interessante fazer mais qualquer coisa em termos de carreira académica, embora não estivesse ligada a nenhuma faculdade. Na altura trabalhava com algumas marcas que me pediram estudos randomizados. Como fui pedir apoio à faculdade nesse sentido, o meu orientador de mestrado sugeriu-me fazer doutoramento. Não tinha pensado nesse assunto e acabou por acontecer, juntei o útil ao agradável. Não foi fácil conciliar tudo, tendo família e trabalho, mas fui a primeira a entrar e a primeira a sair. Entreguei a tese em 2017 e defendi em 2018. Pelo meio, frequentei também pós-graduações de implantologia lá fora, na Suécia. Portanto, a minha formação é mais centrada na área da implantologia e da regeneração óssea.
Entrevista completa na DentalPro 146.
12 Março, 2020
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