Aparelho ortodôntico pode ser hereditário
O desenvolvimento da dentição nos primeiros anos de vida é resultado da interacção de diversos genes, segundo um estudo realizado em conjunto pelo Imperial College London, a Universidade de Bristol e a Universidade de Oulu, na Finlândia.
A pesquisa, publicada no periódico científico PLoS Genetics, mostrou que os dentes dos bebés com determinadas variantes de alguns genes possuem tendência a desenvolver-se mais lentamente. E essas crianças são aquelas que, provavelmente, precisarão de tratamento ortodôntico no futuro.
A pesquisa, liderada por Marjo-Riita Jarvelin, detalhou a herança genética de mais de seis mil indivíduos, que acompanhou desde a gestação até à idade adulta.
Os investigadores descobriram que a alteração de um único gene era responsável pelo aumento do risco de tratamento ortodôntico em 35 por cento.
Este tipo de desenvolvimento anormal e a descoberta do gene responsável podem levar a inovações no tratamento e prevenção de problemas ortodônticos a um nível muito mais complexo do que actualmente. “Entender o desenvolvimento dentário pode ajudar-nos a compreender diversos outros transtornos ligados aos ossos e outras doenças crónicas”, explica Jarvelin.
22 Abril, 2010
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