Reabilitação de maxilar atrófico

Caso Clínico de Eduardo Anitua, DDS, MD, PhD.

^1-2Os implantes dentários são uma alternativa para a substituição de dentes perdidos que tem vindo a ganhar importância desde a sua criação nos anos 70, sendo atualmente uma das principais opções. ^3,4Nos primórdios da implantologia, foi amplamente discutida a questão de saber se os pacientes com doença periodontal poderiam beneficiar dos implantes dentários ou se neles poderia ocorrer patologia infeciosa semelhante à gerada nos seus dentes.

Posteriormente, a investigação sobre uma das principais causas partilhadas por ambos os processos infeciosos – as bactérias -, estabeleceu que em ambas as patologias (periodontite e peri-implantite) o nicho biológico tem um peso elevado, mas que existem diferenças na composição da flora de ambas as patologias. Assim, em condições saudáveis, a microflora peri-implantar é constituída principalmente por cocos gram-positivos e bacilos não móveis, com apenas um pequeno número de espécies anaeróbias gram-negativas, o que é semelhante à microflora de dentes saudáveis.

Em contraste, a mucosite peri-implantar apresenta um maior número de cocos, bacilos móveis e espiroquetas, o que é semelhante à gengivite, enquanto a peri-implantite apresenta um maior número de espécies gram-negativas, móveis e anaeróbias (Por-phyromonas gingivalis, Tannerella forsythia e Tre-ponema denticola), o que é semelhante à periodontite. ^3-8No entanto, alguns microrganismos que não ocorrem habitualmente na periodontite, tais como Staphylococcus aureus, Staphylococcus epidermidis e Candidaspp, foram identificados em áreas de peri-implantite.

^9-11Existe, portanto, uma discrepância entre ambas as patologias no que diz respeito aos microrganismos causais, tendo-se verificado também que a resposta inflamatória gerada em ambas as condições é diferente, apresentando as lesões de peri-implantite avançada um infiltrado inflamatório rico em células T e B, bem como neutrófilos e macrófagos com um maior número de todos eles do que nas lesões periodontais avançadas, o que sugere que a reação inflamatória na peri-implantite é mais agressiva.

O Caso Clínico completo faz parte da revista DentalPro 179.

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