Corte nas deduções fiscais pode afectar saúde oral
O anúncio das dez medidas de austeridade para o sector da saúde traduz o esforço do executivo para salvar o Serviço Nacional de Saúde (SNS). Este é o mote para poupar cerca de 50 milhões de euros. A meta cifra-se nos 100 milhões de poupança, atingíveis com outras propostas que virão em breve.
Segundo a tutela, cabe a cada serviço adequar as medidas às suas necessidades, desde a justificação de novas contratações, redução na despesa da farmácia até à poupança no papel e na electricidade.
E a saúde oral?
Na equação da saúde em Portugal, a medicina dentária não falta à chamada e Orlando Monteiro da Silva elenca as preocupações no que se refere ao futuro. “Indirectamente, o anunciado corte de deduções fiscais por parte dos contribuintes na área da saúde poderá obviamente exercer pressão no sentido da redução da procura de serviços de medicina dentária”, assume o bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD), em declarações à DentalPro.
No que se refere ao futuro do Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral, o responsável não crê que “um programa tão importante como o cheque-dentista venha a ser afectado pela situação económica e financeira em Portugal”.
Orlando Monteiro da Silva não deixa contudo de citar António Arnaut, considerado o “pai” do SNS, que recentemente defendeu um reforço na área da saúde oral e a criação de uma valência de medicina dentária no SNS. “Apesar dos constrangimentos financeiros, as coisas estão a mexer e com a intervenção activa da OMD”, sublinha.
Leia a reportagem na íntegra na próxima edição da revista DentalPro.
29 Setembro, 2010
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