Celebrou-se a 31 de maio o Dia Mundial Sem Tabaco
A Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) está preocupada com o impacto do tabaco nas doenças orais e lançou um inquérito aos médicos dentistas para aferir a forma como acompanham os doentes fumadores, bem como os hábitos tabágicos dos próprios médicos dentistas.
As conclusões demonstram que há cada vez menos médicos dentistas fumadores, 42%, e que estão cada vez mais atentos aos efeitos que o tabagismo pode ter nos doentes, 96% dos que responderam referiram que questionam os doentes sobre o consumo de tabaco.
Os hábitos tabágicos diminuem a resposta do sistema imunitário perante as infeções orais. As consequências do hábito do tabaco, vão desde a simples halitose, conhecida como mau hálito, até doenças mais graves como o cancro oral, que tem neste hábito o principal fator de risco. As doenças das gengivas e as dificuldades de cicatrização também são mais comuns entre os fumadores. O tabaco aumenta também os riscos de defeitos congénitos, como o lábio leporino e a fenda palatina nos filhos de mulheres que fumam durante a gravidez.
Para o bastonário da OMD “é muito importante que os médicos dentistas estejam atentos aos hábitos tabágicos dos doentes, porque a relação entre as doenças da cavidade oral e o consumo de tabaco constitui a oportunidade ideal para os profissionais da saúde oral participarem em iniciativas de controlo do tabagismo e em programas de desabituação tabágica”.
No inquérito realizado pela OMD e a que responderem mais de 1800 médicos dentistas, 91% afirma que conversa com os doentes sobre os malefícios do tabaco, mais de 80% aconselha programas ou consultas de cessação tabágica e 13% prescreveram terapias de reposição da nicotina.
3 Junho, 2013
Atualidade