Germano Rocha em entrevista

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“Ao longo da minha carreira como médico dentista tenho dividido o meu tempo entre a família, o ensino da cirurgia oral na Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto (FMDUP) e a clínica privada”. Germano Rocha dispensa apresentações e é assim, desta forma simples e humilde, que inicia a nossa conversa e nos resume o seu imenso percurso profissional. 

DentalPro: Pode atualizar-nos o seu currículo, desde a última vez que falámos, em 2012?

Germano Rocha: De mais relevante, nos últimos sete anos e no domínio sócio-profissional, tive o privilégio de integrar um grupo notável de colegas, na chamada Comissão Constitutiva do Colégio da Especialidade de Cirurgia Oral, que permitiu a atribuição do título de especialista emCirurgia Oral ao primeiro conjunto de médicos dentistas e, posteriormente, à formação do Colégio da Especialidade.

DP: Possui uma larga experiência enquanto docente. Como caracteriza a formação e a investigação em medicina dentária que se desenvolve em Portugal?

GR: No que concerne à formação ela existe em dois níveis diferentes: a formação lecionada nas faculdades conducente ao grau de mestrado integrado e a formação dita pós-graduada, nas universidades ou a vários níveis, como por exemplo a Ordem dos Médicos Dentistas (OMD), as sociedades científicas e até por outros grupos a nível privado. A formação pré-graduada em Portugal é extraordinária, a avaliar pelos testemunhos dos inúmeros alunos de Erasmus, que todos os anos visitam muitas universidades estrangeiras, e, por outro lado, pelo exemplo dos jovens médicos dentistas que procuram outros países para trabalhar, e já são mais de 1.500 colegas, a quem são reconhecidas elevadas competências profissionais. De referir ainda que o reconhecimento internacional do ensino da medicina dentária em Portugal tem sido cada vez maior e muitos são os que escolhem o nosso país para fazer a sua formação de base. Só no ano passado aumentou em 37,5% o número de alunos de nacionalidade estrangeira inscritos nas faculdades portuguesas. Quanto à investigação, e como referi em 2012, a investigação em Portugal está bem e recomenda-se, mas podia estar muito melhor se não existissem tantos constrangimentos no seu financiamento, nomeadamente por parte da Fundação para a Ciência e a Tecnologia.

Entrevista completa na DentalPro 143.

20 Dezembro, 2019
Entrevistas

 
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