Medicina dentária: pandemia indica que setor tem de se adaptar
A medicina dentária precisa de preparar para futuras crises, conclui um estudo elaborado pela Al-Quds University em Jerusalém, com o Ministério da Saúde Palestiniano em Ramala e a Universidade de Iowa (Iowa, Estados Unidos da América).
Publicado pelo International Dental Journal, a conclusão do estudo foi obtida através de um inquérito feito, em maio de 2020, a 488 médicos dentistas que praticavam a profissão na área da Cisjordânia.
A investigação permite perceber que os fatores financeiros e éticos eram as principais razões para os participantes retomarem a prestação de cuidados dentários.
A grande maioria dos inquiridos (89,7%) consideraram que o seu papel na resposta pandémica tinha sido prestar cuidados dentários urgentes aos pacientes e educar os outros sobre a Covid-19 (82,4%).
Dos inquiridos, cerca de 75% dos inquiridos afirmaram ter dificuldades financeiras que os impediam de cumprir os seus compromissos a esse nível, no mês em que foi realizado o inquérito. A maioria (64%) disse ter pouca ou moderada confiança e quase 60% afirmou não se sentir preparado para reabrir. Quase 13% afirmou não estar confiante relativamente ao tratamento de pacientes suspeitos de possuírem Covid-19.
“O modelo médico de odontologia exige que os dentistas sejam competentes em muitos aspetos médicos da saúde. Estas competências preparariam os dentistas para estarem mais dispostos e mais confiantes para servir em pandemias e outras crises de saúde quando necessário”, afirma Elham Kateeb da Universidade de Al-Quds.
Os autores do estudo descobriram que os dentistas que receberam formação sobre controlo de infeções ou formação específica relacionada com a covid-19 relataram níveis mais elevados de confiança.
21 Abril, 2021
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