Gengivite e Alzheimer de mãos dadas?
Num estudo recente, publicado na revista Science Advances, dá-se conta da relação entre a bactéria que causa infeção na gengiva e o Alzheimer.
São vários os dados apresentados pela equipa, que envolve médicos e investigadores americanos, polacos e australianos. O trabalho também envolveu testes em ratinhos bem como amostras colhidas em pacientes de Alzheimer, vivos e após a morte.
Segundo a revista Visão, a bactéria Porphyromonas gingivalis, que causa a gengivite, denominada periodontite nas fases mais avançadas da infeção, foi identificada no cérebro dos pacientes, bem como um tipo de proteínas, tóxicas, produzidas pela bactéria. Também se identificou a relação entre a presença desta bactéria e o aumento da produção de beta-amilóide, que se agrupa, formando placas, bloqueando a comunicação entre os neurónios.
Por outro lado, substâncias que bloqueiam a ação destas toxinas travaram a degeneração cerebral em ratinhos doentes. “Este estudo apresenta evidência de que a Porphyromonas gingivalis e as toxinas que produz têm um papel determinante no desenvolvimento da doeça de Alzheimer, oferecendo um novo conceito para o tratamento da doença”, escrevem os autores do trabalho.
Espera-se que, no final do ano, comecem a ser feitos os primeiros testes em pessoas, que permitirão avaliar se as moléculas que anulam o efeito da bactéria também resultam em humanos.
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7 Fevereiro, 2019
Medicina dentária