Jovens dentistas admitem realizar atos médicos gratuitos
Um estudo realizado pelo Conselho dos Jovens Médicos Dentistas (CJMD) revela que cerca de 40% destes profissionais admitem realizar consultas gratuitas e 30% admitem mesmo atos gratuitos nas clínicas onde trabalham.
Estes são os resultados preliminares de um inquérito levado a cabo pelos jovens médicos dentistas, durante o mês de março, e que foram apresentados por Mónica Pereira Lourenço, membro do CJMD e do Conselho Diretivo da OMD.
O estudo mostra que mais de 90% dos jovens dentistas exercem a sua profissão no setor privado, com metade do total dos inquiridos a considerar que a qualidade do tratamento fica comprometida com a realização de atos gratuitos, algo que Mónica Pereira Lourenço considera “muito preocupante e que merece repensar o que se quer para a saúde oral no futuro”.
Com o inquérito a CJMD pretendia “elaborar um retrato dos jovens médicos dentistas de Portugal, que espelhe as diferentes regiões do país e realidades de inserção no mercado “, bem como proceder ao “levantamento nacional das maiores dificuldades e necessidades”.
Paralelamente, 75% dos jovens dentistas que responderam aos dois inquéritos realizados pela OMD no contexto da pandemia Covid-19 revelam que foram despedidos ou sofreram uma diminuição do horário, consideram que houve uma diminuição do número de consultas, assim como uma diminuição no valor pago, ou percentagem auferida, por cada ato médico.
Os primeiros dados avançados por Telmo Ferreira, presidente do CJMD, reforçam os resultados confirmados anteriormente, ou seja, que entre os jovens médicos dentistas que participaram desta auscultação e que afirmam terem sido despedidos, “45% têm até 30 anos de idade”, esclarece o presidente do CJMD.
29 Março, 2021
AtualidadeMedicina dentária