Em quem tem confiado a gestão da sua clínica?

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Artigo da autoria de Sandra Oliveira, gestora com uma experiência sólida em Gestão, licenciada em Economia e mestre em Finanças, especialista em transformação e melhoria de processos, certificada em Coaching e Eneagrama.

“O ano de 2020 foi desafiante para todos os negócios.

É infindável a lista de aprendizagens e ensinamentos que podemos retirar deste ano, mas penso que existe um, transversal a todos, a necessidade e importância de agir perante situações adversas.

De uma forma ou de outra, todas as clínicas e consultórios sentiram o impacto da pandemia, não só tendo que dar resposta, de forma imediata e se reestruturar para um período repleto de incertezas, como lidar com uma diminuição de atendimentos com consequências financeiras.

As organizações com uma estrutura e cultura de gestão com bases fortes, sustentadas em processos organizados, padronizados, optimizados e apoiadas em tecnologias conseguiram responder com mais sucesso e consequentemente tiveram consequências menos drásticas em comparação às que, ao contrário, viviam no passado, com processos ineficientes ou inexistentes, com ausência de apoio tecnológico e geridas de forma amadora.

Neste cenário posso, então, separar as clínicas ou consultórios em 2 grupos muito distintos:

As que têm uma boa saúde.

As que têm uma saúde fraca.

É inegável, esta pandemia colocou a descoberto fragilidades e ineficiências de gestão, que, conforme o nível, dificultaram a resposta a estes novos e desconhecidos desafios.

Uma dessas fragilidades está no peso de assuntos de gestão que está delegado em assistentes e recepcionistas.

Não estou, de todo, a dizer que estas pessoas não são capazes ou que não fazem um bom trabalho. Digo até que é admirável o que fazem muitas vezes com tão pouco e sempre com a melhor das intenções.

Por outro lado, compreendo perfeitamente a realidade, de dimensão e estrutura que dificulta e torna impossível ter uma pessoa exclusivamente dedicada à gestão da clínica.

Mas o que tenho identificado é que não existe uma base sustentada, padronizada, organizada e acima de tudo profissionalizada, assente em ferramentas de gestão para que esta forma de gerir seja eficiente e desempenhada por estas pessoas.

Esta ausência de estrutura fragiliza a gestão da clínica e dificulta, muito, qualquer acção de crescimento, de adaptação e resposta a situações adversas como a pandemia que estamos a ultrapassar.

Mas não é tudo, reter conhecimento e a gestão nas mãos de uma pessoa sem qualquer tipo de processos definidos e com ausência de gestão do conhecimento pode levar a sua clínica a um colapso operacional e financeiro.

O que acontece é que o médico, proprietário e administrador da sua unidade de saúde, está, muitas vezes, convicto, que esta é a única solução tendo em conta as especificidades do seu negócio.

Tenho a dizer-lhe que não é!”

Saiba porquê numa das próximas edições da DentalPro.

30 Dezembro, 2020
Opinião

 
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